O fim do ano chega e, junto com ele, a expectativa pelo 13º salário. Para muitos trabalhadores, esse é um respiro financeiro importante, seja para equilibrar as contas, dar aquela organizada no orçamento ou até realizar algum plano engavetado. Mas, apesar de ser um direito garantido, muita gente ainda tem dúvidas sobre quem recebe, como é calculado e quais são os prazos.

O 13º é um benefício previsto por lei para trabalhadores formais contratados pela CLT, além de aposentados e pensionistas do INSS. Ou seja, não é bônus nem gentileza, é parte da remuneração anual.

O cálculo é simples: usa-se como base o salário de novembro, considerando também valores variáveis como comissões, horas extras e adicionais quando fazem parte rotineira da remuneração. O total é dividido por 12 e multiplicado pelos meses efetivamente trabalhados no ano, lembrando que períodos com mais de 15 dias contam como mês cheio. A primeira parcela representa metade desse valor e a segunda completa o pagamento.


Como é calculado

  • A base usada é o salário registrado, incluindo comissões, horas extras e adicionais, quando esses são constantes, para refletir a remuneração real.

  • Para descobrir quanto você vai receber:

    1. Divida seu salário bruto de novembro por 12.

    2. Multiplique esse resultado pelo número de meses que trabalhou no ano — considera-se um mês incluso se você trabalhou 15 dias ou mais naquele mês.

    3. A 1ª parcela (que sai até 28 de novembro, segundo a matéria) corresponde a 50% desse valor total.


 

Os prazos seguem a legislação: a primeira parcela deve ser paga até o fim de novembro, e a segunda até 20 de dezembro. Para o trabalhador, é importante ficar atento, já que o atraso pode gerar direito a cobrança judicial, com correção e juros. Dependendo da convenção coletiva da categoria, também podem existir multas para o empregador.

Além de cumprir a lei, o 13º também funciona como ferramenta de planejamento. Para quem recebe, é a chance de colocar as finanças em ordem, investir ou se preparar para as despesas típicas de fim de ano. Para empresas, exige organização prévia para não comprometer o caixa.

Conteúdos assim ajudam a reforçar transparência e relacionamento — afinal, informação bem explicada vale tanto quanto um bom planejamento.

Fonte: IstoÉ Dinheiro.